O delegado da Polícia Civil Marcos Eduardo Pepe está convicto de que havia problemas de instalação na decoração de Natal que causou a morte de Douglas Alencar Chaussard, três anos, em Tupandi, no Vale do Caí, na noite de sexta-feira.
O menino morreu depois de receber um choque elétrico enquanto brincava na praça do bairro Vida Nova.
- A criança não fez nada que saiu da normalidade, não mexeu em nada. Estava brincando, foi para a área da árvore, pisou na grama e recebeu a descarga elétrica. A grama estava energizada, eu vi. Era uma situação previsível. Foi feita uma ligação direta do poste, havia um fio no chão. Esse tipo de árvore em local público não pode oferecer risco - disse o delegado, que é titular da Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil de Montenegro e estava de plantão na madrugada de sábado.
O delegado tomou o depoimento da mãe da criança, Luciana Alencar, 21 anos, e chamou ao local do acidente o eletricista que fez o trabalho para a prefeitura. O delegado não achou necessário solicitar perícia do Instituto-geral de perícias:
- Não pedi perícia porque o local ficou prejudicado. A criança foi removida e é um local público. Fizemos levantamento fotográfico. Constatei que o chão estava energizado. Estou preocupado porque essas decorações tendem a ser parecidas em outros locais. O eletricista disse que fez outras na cidade.
O enfeite instalado na praça é uma estrutura de ferro, com cerca de um metro e meio, em forma de pinheiro, adornada por fios com lâmpadas coloridas. Conforme o policial, foi feita uma ligação direta do posto, para que quando a luz acendesse ao escurecer, o enfeite também se iluminasse. O fio dessa ligação ficava no chão.
Conforme o delegado, a investigação ficará com a Delegacia de Bom Princípio. Representantes da prefeitura só devem ser ouvidos na segunda-feira. Em entrevista a Zero Hora, o prefeito de Tupandi, Hélio Müller (PP), prometeu averiguar a situação.
_ Foi uma fatalidade _ afirmou.