A Prefeitura de Porto Alegre suspendeu, nesta sexta-feira, as atividades do Shark Sushi localizado no posto de gasolina da Avenida Dom Pedro II, 830. A ação aconteceu em função de confirmação da presença da bactéria Listeria monocytogenes em amostras de temaki coletados no local em outubro, depois da notificação de cidadãos da Capital que passaram mal após o consumo de alimentos da loja.
A médica veterinária Paula Marques Rivas, responsável pela vigilância de estabelecimentos que comercializam culinária japonesa, explica que a suspensão das atividades é medida cautelar. Os responsáveis pelo estabelecimento deverão providenciar desinfecção do ambiente e apresentar três laudos negativos para a bactéria.
Também nesta sexta-feira, a equipe da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) coletou amostras de arroz cozido e pescado cru em outras duas lojas da rede, onde o arroz é preparado e o pescado, filetado. Essas amostras foram enviadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen), para análise.
Em outubro, a partir de notificação, técnicos da Equipe de Vigilância de Alimentos da CGVS estiveram no local e coletaram duas amostras de temaki. Outra loja, de sanduíches, localizada no mesmo posto de gasolina, também teve produtos coletados. Essas amostras não apresentaram problemas - o laudo do Lacen foi negativo.
Contraponto
O Shark Sushi informou que contestará na justiça o laudo apresentado pela Equipe de Vigilância de Alimentos da Prefeitura de Porto Alegre na próxima segunda-feira, dia 14. A representante do Departamento Jurídico do restaurante, Aliçar Ibrahim, afirma que não há como saber como foram realizados o transporte e a manipulação das amostras coletadas pelo órgão. Ela alega que os alimentos coletados podem ter sido transportados sem refrigeração.
Na próxima semana, o restaurante providenciará uma desinfecção do local. A representante do Departamento Jurídico destacou ainda que o Shark Sushi atende cerca de 600 pessoas por dia e que, se não houve cuidado com a manipulação e higiene dos alimentos, o número de consumidores afetados seria muito maior.
* Diário Gaúcho