O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Sergio da Silva, lamentou a tragédia na Romênia e falou sobre a repetição dos mesmos problemas da Kiss (boate irregular, com uma só saída de emergência, com espuma irregular e fogos de artifício), que culminaram no incêndio na boate Colectiv, na capital Bucareste. Até a noite desta segunda-feira, já eram 31 mortos e 137 hospitalizados. Na Romênia, os três donos da boate já foram indiciados.
Silva acredita que, mesmo após a morte de 242 vítimas na Kiss, pouca coisa mudou. Ele desabafou:
- Agora, aconteceu na Romênia. Será que lá não ficaram sabendo da Kiss? Fico decepcionado por ver que nada mudou. Inclusive aqui na cidade e no Brasil, o cara pega um sobrado velho ou um buraco qualquer e transforma numa boate. Lugares que não foram feitos para abrigar boate. É só questão de tempo para acontecer outra tragédia, e aqui há chance. Fico triste quando vejo pessoas daqui querendo que se esqueça da Kiss. Quando não se quer saber disso, abre portas para que aconteça de novo.
O presidente da AVTSM vai nesta quarta a Brasília, com 10 parentes de vítimas, participar da audiência da Câmara sobre os 1.000 dias da Kiss. Eles cobrarão por Justiça e apoio à saúde dos sobreviventes.
- A gente vai bater também nessa questão da Romênia, que repetiu os problemas daqui. É tudo em prol de dinheiro, interesse político e quebra-galho.