A jornalista, escritora e tradutora Rosa Freire DAguiar acaba de traduzir para o português o romance Submissão, de Michel Houellebecq, lançado no mesmo dia do ataque à revista Charlie Hebdo, em 7 de janeiro deste ano. A ação do romance se passa em 2022, numa França governada por um presidente muçulmano. Radicada na capital francesa desde os anos 1970, Rosa lamenta que o presidente François Hollande não tenha um porta-voz da comunidade muçulmana como interlocutor, elogia o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e recorda que o país não fecha as fronteiras desde a Guerra da Argélia, entre os anos 1950 e 1960. Na madrugada deste sábado, enquanto acompanhava pela TV o noticiário sobre os ataques em Paris, Rosa conversou por telefone com Zero Hora.
Ao traduzir Submissão, a senhora cogitou alguma vez testemunhar algo semelhante aos acontecimentos de sexta-feira?
Entrevista
Rosa Freire D'Aguiar: "Seria muito positivo se a França tivesse um partido muçulmano"
Radicada na capital francesa desde os anos 1970, jornalista lamenta que o presidente François Hollande não tenha um porta-voz da comunidade muçulmana como interlocutor
Luiz Antônio Araujo
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