Mantendo as estatísticas observadas nos últimos anos, as mulheres em Santa Catarina continuam obtendo um rendimento médio consideravelmente menor que o dos homens: cerca de 69,08%, levando o Estado à quarta pior colocação no Brasil.
A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa leva em conta toda a população ocupada com mais de 15 anos. Os dados mostram que o rendimento médio masculino em Santa Catarina é de R$ 2.238, enquanto o feminino é de R$ 1.626.
Segundo o IBGE, o Estado brasileiro com a maior igualdade entre os sexos é Roraima, onde mulheres ganham 88% dos homens. Já na média nacional, a porcentagem ficou em 74,5%. Apenas MS, GO e SP têm cenários mais discrepantes que SC.
Embora SC mantenha a desigualdade entre os sexos, o Pnad 2014 traz um panorama positivo para os próximos anos. Em 2012, por exemplo, o rendimento médio da mulher em SC era de 65,7% dos homens; já em 2013, era 64,1%, o que levou o Estado ao topo do ranking da desigualdade naquele ano.
SC tem a maior igualdade de rendimento geral
A informação contrasta com o índice de igualdade de rendimento, no qual SC obteve o primeiro lugar pelo terceiro ano seguido. Enquanto a média nacional foi de 0.490, a catarinense ficou em 0.451.
A desigualdade de renda é calculada pelo Índice de Gini, que considera a distribuição do rendimento médio mensal real de pessoas acima de 15 anos.
Como o índice mede justamente a diferença de renda, notas mais baixas significam mais igualdade. Uma nota zero significaria que todas as pessoas recebem o mesmo salário; já uma nota 1.0 representa um universo onde uma única pessoa tem todo o rendimento, e as outras não ganham nada.