A Samarco precisará abrir a foz do Rio Doce no distrito de Regência, em Linhares (ES), para que a lama das barragens da empresa que se romperam em Mariana se dissipe no mar. É o que determinou a Justiça do Espírito Santo, que entendeu que a ida da lama para o mar seria menos prejudicial do que a permanência do material no Rio Doce. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O impacto da lama no ecossistema do Rio Doce
O que se sabe sobre o desastre ambiental que encheu de lama o Rio Doce
A decisão, confirmada pela prefeitura de Linhares no sábado, contraria determinação da Justiça Federal no Estado, que exigiu medidas da Samarco para que a lama não alcançasse o oceano.
Segundo o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) do Espírito Santo, a retenção da lama no Rio Doce poderia comprometer berçários de espécies de água doce e salgada. Parte poderia até ser extinta. Existiria ainda a chance de decantação da lama nas lagoas de Mosarás, Degredo e Suruaca, com risco de extinção da fauna da região e comprometimento do estoque de água potável.
A Justiça do Espírito Santo teria tomado a decisão depois de ouvir ambientalistas e técnicos do município de Linhares, além de receber posicionamento favorável da Procuradoria do Estado e do Ministério Público Estadual.