O ex-assessor parlamentar Neuromar Gatto voltou à Assembleia Legislativa na tarde dessa quarta-feira para entregar novas denúncias contra o deputado Diógenes Basegio (PDT), de quem era chefe de gabinete. Documentos e um DVD foram entregues na Presidência do Parlamento e também na Comissão de Ética.
De acordo com Gatto, principal delator de irregularidades no gabinete de Basegio, entre os indícios entregues está uma gravação de um jardineiro que foi nomeado em um cargo comissionado, mas nunca exerceu a função.
- Ele diz na gravação que trabalhava em outra empresa enquanto estava nomeado - relata.
Há ainda uma lista de 20 nomes de servidores que eram nomeados, mas não trabalhavam. Nesses casos, as funções eram exercidas por outras pessoas que, devido a restrições diversas, não poderiam exercer cargo público. Essa seria a mesma situação de Edi Vieira, funcionária contratada, mas que era "substituída" informalmente pelo esposo, Neri, que estava com um câncer e não poderia ser nomeado. Esses indícios também foram entregues ao Ministério Público.
O material deve ser anexado a outras denúncias que serão encaminhadas à Corregedoria da Assembleia Legislativa nos próximos dias. A expectativa é que um novo processo contra Basegio seja aberto na próxima semana.
Em relação ao processo de cassação, ele estará apto para ser votado em Plenário no dia 17 de novembro. Nos bastidores, parlamentares acreditam que Basegio encontrará dificuldades para evitar a perda do mandato.
O deputado Diógenes Basegio não quis comentar as novas denúncias de seu ex-assessor.