Escutas divulgadas pelo Ministério Público expõem a negociação criminosa no esquema de extração ilegal do palmito da espécie Juçara, revelado nesta terça-feira na Operação Ju$$ara, que prendeu quatro pessoas e interditou três indústrias no Rio Grande do Sul.
Em uma das interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, o comprador da conserva clandestina reclama de "pelos de ratos" nos potes e caixas enviadas pelo produtor e diz que ele deve prestar mais atenção porque "faz comida de rico".
Ironicamente, o comprador também reclama da crise econômica do país e diz que não está conseguindo faturar como antes com a venda do palmito Juçara. Em outra escuta, outro suspeito de comprar e distribuir o produto comenta com o fornecedor que a carga clandestina adquirida por ele foi alvo de uma apreensão da polícia ambiental.
A conversa por telefone (veja abaixo) começa com o homem encomendando mais palmito para recuperar o prejuízo de dezenas de caixas de conserva apreendidas.
A Operação Ju$$ara, deflagrada nesta terça-feira, combateu uma quadrilha especializada na extração ilegal do palmito em extinção na Mata Atlântica. Segundo as investigações, o grupo atuava na produção, industrialização e comercialização do produto.
Veja fotos da Operação Ju$$ara:
