O proprietário da empresa Prohosp, citada na investigação da Máfia das Próteses, negou o fornecimento de materiais falsificados, bem como o pagamento de comissão a médicos para garantir contratos. Larson Strehl afirmou, em depoimento na CPI das Próteses da Assembleia Legislativa gaúcha, que não tem nenhum envolvimento no esquema fraudulento. A sessão ocorreu na tarde dessa segunda-feira (23).
“Isso é falácia. Próteses falsificadas”, disse Strehl ao deixar o local.
Na mesma reunião, estavam previstas as oitivas de representantes de outras duas empresas: Intelimed e Improtec. Na tentativa de encontrá-los, a CPI pediu apoio da Brigada Militar para conduzir os empresários. No entanto, os 18 policiais não os encontraram.
Advogados da Improtec, que foram à sessão, remarcaram o depoimento de seu cliente para o dia 30 de novembro. Os sócios da Intelimed não compareceram
"Vamos pedir auxílio da Brigada Militar novamente para semana que vem e, caso eles não venham, vamos pedir a prisão preventiva", relata o presidente da CPI das Próteses, deputado Missionário Volnei (PR).
Apesar de faltarem ao depoimento, os sócios da Intelimed haviam obtido um habeas corpus que os autorizava a ficar em silêncio. Um representante da empresa afirma que ambas as ausências foram justificadas.
A Comissão já ouviu pacientes que sofreram cirurgias desnecessárias, médicos que atuaram em operações para a colocação de próteses e representantes de hospitais. Inclusive, o grupo aguarda manifestação da Justiça para exumar o corpo de uma mulher que teria recebido uma prótese falsificada fornecida pela Intelimed. A companhia nega que o material tenha sido distribuído por ela. Um laudo emitido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aponta que a prótese recebida pela paciente era fora dos padrões.
A CPI das Próteses investiga o esquema fraudulento na colocação de próteses superfaturadas ou falsas em pacientes, cirurgias desnecessárias, além de pagamento de comissão a médicos.