O valor nas bombas de combustíveis continua sendo alterado, assim como o preço pago pelos donos dos postos. Conforme distribuidores, ainda não foi repassado todo o acréscimo que vem sendo cobrado a cada carregamento, com variação principalmente no valor do álcool e como a gasolina é composta por 27,5% de etanol anidro acaba sendo influenciada também. De quinta para sexta-feira, as distribuidoras aumentaram R$ 0,04 na gasolina e R$ 0,17 no etanol.
O baque tem como causa a entressafra da cana-de-açúcar e alta do dólar, que incentiva as exportações de açúcar e reduz a matéria-prima para fabricação do combustível nacional. Porém, os donos de postos não estão vendo margem para reajustar o preço de forma proporcional - o que implicaria um aumento de mais R$ 0,30 no etanol, na bomba.
A concorrência deve segurar os valores no mesmo patamar por mais alguns dias, mas o repasse será inevitável:
- Ao contrário da gasolina e do diesel, o mercado do etanol não é regulamentado, os usineiros é que mandam no preço. Logo, o consumidor vai pagar mais também, a não ser que o governo interfira - diz o assessor comercial do Grupo Santa Lúcia, Cláudio Tavares.
Em janeiro, o litro da gasolina comum mais barato da cidade custava R$ 2,86. Hoje, está R$ 3,328. Ou seja, para abastecer o tanque (50 litros), o motorista gasta R$ 23,40 a mais. A alta dos combustíveis deve repercutir na inflação local, em quase todos os gastos com alimentação, nos restaurantes e supermercados.