Quando o mês de novembro se aproxima, eu começo a receber convites para falar sobre a vida dos negros. Logo eu, que sou quase branco. Não que eu me sinta assim, mas, por ser o cara da tevê, não me tratam mais como os iguais a mim. Sei que isso talvez deveria me deixar feliz, já que os iguais a mim são maltratados. Mas não posso me deixar enganar por esse holograma social, pois a vida continua sinistra para quem nasceu na escuridão.
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