Há dois anos morando na cidade costeira de Puerto Vallarta, no México, a brasileira Gabriele Pasquali, de 30 anos, conta que o temor que se instaurou com a previsão de chegada do furacão Patricia, o mais potente registrado na história, foi sem precedentes.
- Às 8h os carros da polícia começaram a passar pela rua onde eu moro com as sirenes ligadas mandando que todos deixassem as suas casas. Às 14 horas teve um toque de recolher e ninguém mais pôde ficar na rua - relata.
Segundo ela, o furacão desviou a rota a 56 km de distância da costa e não atingiu o município de Puerto Vallarta - que pode ser definido como uma estreita faixa de edifícios entre o mar e as montanhas. Ele está localizado a pouco mais de 800 quilômetros da Cidade do México, a capital do país.
Durante a semana, o Exército e até o governador do Estado de Jalisco estiveram na cidade de 200 mil habitantes para traçar o plano de ação para minimizar ao máximo os possíveis danos causados pelo maior furacão da história. Escolas, universidades e centros de convenções foram transformados em abrigos - 19 ao total.
- Todos estavam lotados e as pessoas vinham no hotel onde eu trabalho pedir ajuda. Mas estava lotado também. Foi um dia estressante. É muito difícil manter a calma em uma situação dessas e ainda ter que acalmar os outros.
A gerente de Serviços ao Cliente conta que todas as entradas e saídas da cidade foram fechadas e Puerto Vallarta ficou isolada do mundo.
- Não podia sair de carro, avião e nem barco. O caos e o pânico se instauraram. Mas agora passou e está tudo bem - finaliza.
Site transmite ao vivo imagens de regiões atingidas por furacão
Imagens da Nasa mostram a chegada do furacão Patrícia no México:
Veja abaixo as categorias de um furacão: