Cerca de 9 mil clientes ainda estão sem energia elétrica em Santa Maria na tarde deste domingo. Segundo a AES Sul, os principais danos na rede elétrica na cidade são postes quebrados, cabos partidos, galhos e árvores caídos, objetos arremessados pelo vento e danos causados por raios.
O que falta para Santa Maria ter um sistema eficiente para minimizar estragos?
Ainda conforme a concessionária, mais de 300 atendimentos foram realizados neste domingo. Esse número corresponde a 11% do total de clientes atingidos no pico do temporal - 80 mil - na madrugada de quinta-feira. Portanto, 89% já estão com a energia normalizada, segundo a AES Sul.
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De acordo com a concessionária de energia elétrica, cerca de 34 equipes estão trabalhando em Santa Maria para normalizar o abastecimento na cidade. Quatro equipes de apoio de Lajeado foram disponibilizadas para ajudar no serviço e já estão nas ruas. Além disso, a AES Sul afirmou que já solicitou o suporte de equipes da RGE e CEEE, para agilizar o processo.
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Não há previsão de quando a energia será totalmente restabelecida na cidade. Há relatos de falta de luz nos bairros Dores, Itararé, Santa Marta, Salgado Filho, bairro Jockey Clube, Tancredo Neves, Pinheiro Machado, São José, Juscelino Kubitschek, Camobi, Noal, Patronato e na localidade de Passo da Ferreira.
Na tarde deste domingo, moradores dos bairros Itararé e Salgado Filho interromperam duas ruas em protesto pela falta de luz.
Moradores do Passo da Ferreira reatam que estão sem luz deste a madrugada de quinta-feira. Na foto é possível ver os danos na rede elétrica na Rua Aristides Ziegler, próximo à Ulbra (Foto: João Luiz Colvero / Arquivo Pessoal)
Corte de árvores
Desde quinta-feira, o Corpo de Bombeiros de Santa Maria já realizou o corte de cerca de 100 árvores na cidade. Na tarde deste domingo, uma guarnição se deslocou até o bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, nos fundos da Rua Borges do Canto, para a remoção de uma árvore que caiu sobre uma casa e destruiu parte do telhado da cozinha.
Foto: Dandara Flores Aranguiz / Agência RBS
De acordo com o sargento Dilmar Lopes, três equipes trabalham somente no corte e remoção das árvores. Segundo ele, há entorno de 200 chamados pendentes para o serviço na cidade. No momento, os casos mais graves - árvores com risco de cair, as que estão sobre as residências e obstruindo vias - estão sendo priorizados. Em um segundo momento, outros casos serão atendidos na sequência.
Segundo os Bombeiros, o trabalho deve ser finalizado em uma ou duas semanas.