Em Santa Maria, a chuva continua causando transtornos para a família do servente Carlos Alex Maia Rodrigues, 33 anos. A casa dele e da mulher, a repositora Carina Chiappa Pereira, 28, no Beco da Tela, continua cedendo devido à umidade do arroio que corre nos fundos do pátio. Na tarde desta quinta-feira, mais um pedaço caiu. O casal e o filho, Rafael, 2 meses, ainda seguiam na residência.
- Agora, só estamos com uma peça. Parte dos móveis levamos para os vizinhos. Vamos ligar para amigos para pedir abrigo, porque está perigoso. Tentamos uma casa, mas não temos o cadastro, então, não conseguimos - lamenta Rodrigues.
Chuva continua causando alagamentos em Santa Maria
A secretária de Habitação e Regularização Fundiária, Magali Rocha, explicou que uma assistente social esteve no local e fez o levantamento das condições da família. No entanto, como eles não estavam inscritos em programas de moradia, não têm direito a receber uma casa.
_ Eu não posso criar uma falsa expectativa. Existem outras famílias que estão na mesma situação e eu não posso passar eles na frente. Enquanto não liberar o cadastro para o Minha Casa, Minha Vida, não tenho como realizar o cadastro _ afirma a secretária.
Chuva, granizo e geada já atingem 36 mil no Estado
Rodrigues e a mulher pedem a doação de materiais de construção. Quem quiser ajudar pode entrar em contato com a família pelo telefone (55) 9194-4038.
Problemas na região
A chuva e o vento também causaram estragos em duas cidades da região. Em Cruz Alta, de acordo com a RGE, companhia de energia elétrica da cidade, pelo menos 15 postes caíram com a força do vento, nas proximidades da Avenida Santa Bárbara e nos bairros Fátima e Operário, deixando cerca de 1,2 mil clientes sem energia.
A ventania também destelhou casas. De acordo com Eliza Cardias, assistente social da secretaria de Habitação de Cruz Alta, foram quatro casas destelhadas, nos bairros Progresso, Funcionários, Fátima e do Sol.
Já em São Sepé, pelo menos 400 famílias enfrentam problemas devido a alagamentos. A Ponte do Passo do Fraga e a Ponte do Morcego estão submersas. Além disso, as estradas que ligam as localidades de Tupanci e Passinhos ao centro da cidade também estão alagadas.
- Sabemos que os locais estão intransitáveis, mas as pessoas não estão isoladas, já que há acessos secundários para ir ao Centro - afirma o secretário de obras da cidade, Janir Machado.