Os três policiais militares (PMs) que atuaram diretamente na ocorrência que resultou na morte do jovem Ronaldo de Lima, 18 anos, no Morro Santa Tereza, estão afastados do policiamento desde a quinta-feira.
Eles estão passando por atendimento psicossocial e serão reavaliados antes de retornar ao trabalho. Perícia preliminar indica que Ronaldo foi baleado pelas costas.
"Existe o tiro nas costas e o tiro pelas costas", avalia comandante
Líder comunitário diz que violência policial provocou revolta no Morro Santa Tereza
A Polícia Civil não divulga informações do caso em função da paralisação motivada pela falta de pagamento dos salários. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) informou, por meio de nota, que os laudos do caso não foram concluídos e que qualquer informação atribuída às perícias não é oficial.
Além de detalhes da necropsia, exames periciais devem apontar se Ronaldo tinha resíduos de disparo nas mãos. A versão dos PMs é de que ele estava armado e atirou contra a guarnição do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Em menos de 24 horas, 15 pessoas são mortas na Região Metropolitana
VÍDEO: policial agride homem em abordagem no Morro Santa Tereza
A arma que seria do jovem foi retirada do local do crime antes da chegada da Polícia Civil e, entregue depois pelos PMs em uma delegacia. O revólver também passará por exames.
O comandante do 1º BPM, tenente-coronel Antonio Carlos Maciel Junior, disse que não falará mais sobre detalhes da ocorrência porque o caso está sob investigação em um Inquérito-Policial Militar conduzido por outro oficial.
A ação da BM no Morro Santa Tereza, na manhã de quinta-feira, causou revolta na população. Quatro horas depois de Ronaldo ser morto, dois ônibus e um lotação foram queimados na região. Durante toda a quinta-feira a circulação de coletivos ficou suspensa na área.
Veja imagens do dia de conflitos no Morro Santa Tereza:
* Zero Hora