O juiz Ulysses Fonseca Louzada autorizou que sejam feitos estudos complementares de perícia estrutural e de material no caso da boate Kiss. O prazo para realização é de 30 dias.
O magistrado, responsável pelo processo criminal sobre o incêndio na casa noturna, atendeu a pedido feito nesta quinta-feira pela defesa de Elissandro Spohr, um dos quatro réus que respondem pelas mortes de 242 vítimas.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) deverá fazer uma análise de duas plantas do prédio onde ficava a boate _ uma datada de 2009, quando da abertura da Kiss, e outra analisada no laudo do IGP, à época do incêndio. Serão comparadas as rotas de fuga, as aberturas e o cálculo populacional e verificada a possibilidade de quantificar o volume de espuma no local quando ocorreu a tragédia.
Além disso, deve ser feito um novo estudo sobre a janela que, pelo laudo do IGP, teria bloqueado o duto de ar. Durante os depoimentos dos peritos do IGP, na tarde desta quinta, em Porto Alegre, o advogado de Kiko, Jader Marques, disse ter recebido a informação de que uma das janelas basculantes apontadas no laudo como causa do bloqueio do duto de ar estaria, na verdade, sem vidro na ocasião do incêndio.
O perito Cristiano Koertz disse que, de fato, a investigação não acusou presença de vidro. A fim de esclarecer esse ponto, o defensor fez o requerimento de um novo estudo, que, em princípio não necessitaria de mais uma vistoria no local.
Os depoimentos dos peritos que atuaram no caso da Kiss seguem até 7 de outubro, na Capital e em Santa Maria.