Vencida pelo governo ao 45 do segundo tempo, a disputa política que resultou no aumento da alíquota do ICMS no Estado contou com algumas trocas de camisa para que o projeto fosse aprovado na Assembleia Legislativa na noite de terça-feira. Ouvidos por ZH em três oportunidades antes da votação, 11 deputados mudaram de time: contrários ou indecisos em relação ao projeto original, resolveram jogar do lado do Piratini, determinando a apertada vitória por 27 a 26 votos que aprovou o tarifaço.
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As justificativas para a mudança de postura são variadas: vão desde apoiar uma decisão de bancada até evitar um "caos" no Estado, em função de mais atrasos de repasses. Em casos mais específicos, inexperiência política, garantir a governabilidade e até mesmo prestar solidariedade ao marido foram argumentos considerados pelos deputados que ajudaram José Ivo Sartori a emplacar o aumento de tributos. Saiba por que eles mudaram de ideia:
Abaixo, veja a decisão de cada parlamentar.
Dança das cadeiras:
- O deputado Junior Piaia (PCdoB) assumiu durante a sessão no lugar da companheira de partido Manuela D'Ávila, em licença maternidade.
- Os deputados eleitos pelo PP Ernani Polo e Pedro Westphalen estavam fora da AL por ocuparem os cargos de secretário de Agricultura e de Transportes no governo Sartori. Na segunda-feira, eles foram exonerados do Executivo, em uma jogada do governador para garantir dois votos a favor do novo ICMS.
- Já Edson Brum (PMDB) não votou por ser presidente da Casa. Ele só votaria em caso de empate.