Basta dar uma espiada nas redes sociais e conversar com o povo nas ruas. A mera cogitação da vinda da Força Nacional para o Rio Grande do Sul é saudada com aplausos. O mesmo acontecerá se a Guarda Municipal for chamada a ser mais atuante, como sugere o secretário estadual da Segurança Pública. E se alguém levantar a bandeira de soldados das Forças Armadas patrulhando avenidas, o número de adeptos vai se multiplicar.
Humberto Trezzi: sob o signo do medo
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A verdade é que a população está tão cansada da escalada da criminalidade que qualquer fardado será festejado, se resolver se postar numa esquina ou, ainda mais, se percorrer em grupos os locais perigosos. O Exército fez isso dezenas de vezes no Rio de Janeiro, nas duas últimas décadas. Ganhou amplo apoio, com raras críticas. Mas não estamos aqui para defender a volta dos militares federais às ruas, até por não ser essa a missão deles, que é a defesa contra agressões externas ao país.
Boatos na WhatsApp ampliam sensação de insegurança
O necessário é analisar se a presença de outras unidades armadas - fora as polícias Civil e Militar - traria mais segurança. E não conheço gaúcho capaz de discordar de que a Guarda Municipal seria bem-vinda num vaivém mais ostensivo que o feito hoje, em parques, praça e diante de prédios públicos. Ladrão tem medo de uniforme e a simples aparição dos guardas, de forma mais constante, pode ajudar.
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Mais ainda se aumentarem as prisões em flagrante de criminosos, incluindo arrombadores de escola - não apenas pichadores. Quanto à Força Nacional, quando intervém, costuma ser usada para patrulhamento e segurança em presídios, já que é formada por policiais forasteiros, que não conhecem os bandidos da região onde foram designados para atuar. É melhor que nada. Lógico que o ideal seria os policiais gaúchos receberem em dia e que o contingente deles fosse multiplicado. Mas isso é uma meta apenas - e a população quer reação imediata ao crime, que avança a cada dia.
*Zero Hora