Nova filiada ao PMDB, a senadora Marta Suplicy acredita que o seu partido deveria sair do governo Dilma. Nesta terça-feira, em entrevista ao programa Timeline Gaúcha, da Rádio Gaúcha, ela afirmou que muitas lideranças da sigla pensam da mesma forma:
- Eu não combino muito com posições do Eduardo Cunha, não tanto de política, mas de comportamento. Ele tem posições muito mais conservadoras que as minhas. Mas, sobre sair, eu estou com Eduardo Cunha. Viu como tem convergências? O PMDB deveria sair do governo - disse.
Eleita senadora pelo PT, Marta disse que seu perfil se encaixa muito bem ao do PMDB, que "não tem cacique". Ao ser questionada se o seu antigo partido teria essa figura, ela respondeu:
- É óbvio.
Em seguida, perguntada se o papel é exercido pelo ex-presidente Lula, Marta, de bate-pronto, disparou:
- Qual que você acha que era?
Além disso, Marta comentou a sua possível candidatura à prefeitura de São Paulo, em 2016:
- Quando entrei no PMDB, não entrei colocando isso como questão, dizendo "Quero entrar, vou ser candidata ou não entro". Nem passou perto disso. Estou entrando em um partido muito forte, que tem condição de fazer projeto para 2018 no Brasil. E quero contribuir para estar junto nisso.
A senadora também explicou os motivos que causaram a sua saída do PT, motivada pela candidatura à reeleição de Dilma.
- Tentei o que pude para que ele (Lula) fosse o candidato no lugar dela (Dilma). Falei, com toda sinceridade, que seria muito ruim se ela ganhasse. Mas ele, nos últimos momentos, achou que não valia a pena fazer essa disputa interna no partido. Quando percebi que ele não seria candidato, que ele me colocou, com todas as letras, que não seria candidato, eu falei que não iria mais ficar no partido - revelou.
Sobre a possibilidade de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, a senadora demonstrou posição contrária, mas ponderou que o governo é "atabalhoado" e não tem mais credibilidade.
- No momento, não vejo condição legal de impeachment. Mas eu sou uma voz que acha que presidente não tem mais condição de governar. Como chegar lá, dentro da lei, é a questão que o povo inteiro está se perguntando. O governo é tão atabalhoado, com idas e vindas, que não tem condição - afirmou.
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