O local é sucesso no evento. Pais aproveitaram o domingo de sol e levaram os pequenos para conhecer os bichos do campo.
Se as crianças não vão até a fazenda, a fazenda vai até as crianças. A adaptação do provérbio português de Maomé e a montanha se encaixa na história da Fazendinha. Pensando em aproximar as pessoas da cidade aos bichos do campo, o ourives Gustavo Bierhaus, 68 anos, um apaixonado por animais, criou um espaço no Acampamento Farroupilha com diferentes espécies. Tudo para divertir famílias e ensinar as crianças.
- Há oito anos, montei a Fazendinha e fui aperfeiçoando. A ideia é mostrar à criançada que leite e alface não vêm da prateleira do supermercado - conta Gustavo.
Coelhos, ovelhas, cavalos, vacas, patos e galinhas são alguns dos animais que vieram da propriedade de Gustavo, no Bairro Belém Novo, na Zona Sul de Porto Alegre.
- Fazemos sucesso com os pequenos, pois é uma oportunidade de deixarem seus apartamentos e virem conhecer e conviver com os bichos - diz Gustavo.
Segundo ele, no ano passado, cerca de 2 mil crianças visitaram a Fazendinha por dia. Neste ano, ainda não foi feito o cálculo, mas ele sabe que o número caiu devido à greve das escolas estaduais:
- Todos os dias, instituições são recebidas aqui. A paralisação tirou de meninos e meninas a oportunidade de conhecer a Fazendinha.
Conhecimento
O jeito é ir com a família. Como a prenda Ana Luísa de Lima, seis anos, que tirava fotos fazendo poses ao lado dos coelhos, seus preferidos. A mãe dela, Ivanete dos Santos,
32 anos, conta que a família sai de Canoas todos os anos para visitar o Acampamento Farroupilha, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho:
- Como sou do Interior e me criei próxima da natureza, faço questão de trazer a minha filha. Ela fica encantada.
Ana Luísa ficou apaixonada pelos coelhinhos - Foto: Carlos Macedo
Um minigauchinho chamou a atenção pelo traje e pela admiração aos animais. Ignácio Brognoli Sturmer, dois anos, foi ao local pelo segundo ano.
- Eu gosto mais do ganso, porque ele se molhou todo na água, foi bem engraçado - disse o menino, com empolgação.
- Tem que trazer os filhos para apreciar os animais, tirar eles da rotina de casa - diz a mãe de Ignácio, a dentista Bárbara Brognoli, 35 anos.