Foram julgados nesta quarta-feira, pelo Tribunal do Júri, no Fórum de Santa Maria, os réus Inês Schmidtt da Silva, Rodrigo Schmidtt e Paulo Alcenir Schimidtt, acusados de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel, já que a vítima foi estrangulada, e recurso que dificultou a defesa da vítima, pois ela teria sido atacada de surpresa por dois homens.
Os réus foram condenados pela morte da agricultora Maria Vitória Rodrigues, que tinha 51 anos à época do crime, em dezembro de 2010. Inês pegou 18 anos de prisão, Rodrigo foi condenado a 16 anos, e Paulo, a 20 anos de prisão. As defesas dos três réus recorreram da decisão. Inês e Rodrigo aguardariam o recurso em liberdade, e Paulo, que não compareceu ao julgamento, teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira.
Conforme denúncia do Ministério Público, Inês teria prometido dinheiro e carne de porco a Paulo, que é seu sobrinho e teria sido auxiliado por Rodrigo na morte da vítima. Maria Vitória teria sido morta por volta das 7h do dia 16 de dezembro de 2010. O corpo foi encontrado somente às 21h, em um matagal na localidade de Arroio Lobato, no distrito de Arroio Grande, em Santa Maria.
A vítima estava com o casamento marcado para dois dias depois do crime com Orlando da Silva, à época com 71 anos. O idoso teve um relacionamento com a mãe de Inês antes de começar sua relação com Maria Vitória. No entanto, ele permitiu que Inês e o filho continuassem morando no mesmo terreno em que ele e a vítima moravam. Inês teria premeditado o crime porque temia que Maria Vitória exigisse que ela saísse do local.