Uma reunião envolvendo representantes sindicais do Movimento Unificado (que reúne 43 categorias), na tarde desta segunda-feira, na Capital, confirmou que haverá greve de quatro dias caso os servidores estaduais não recebam o salário integral no dia 31. O encontro ainda previu um calendário da paralisação e outras ações de combate às medidas contra a crise adotadas pelo governo Sartori.
A paralisação geral deve ocorrer de 31 de agosto a 3 de setembro, caso o parcelamento seja confirmado. O governador não confirma, mas técnicos da Secretaria da Fazenda já apontaram que o teto a ser pago no final do mês pode ser de R$ 500.
No último dia da possível greve, quinta-feira, dia 3, está previsto um encontro de todas as categorias no Centro de Porto Alegre. O objetivo é lotar a Assembleia Legislativa, onde deve ser votado o Projeto de Lei Complementar (PLC) 206, que propõe normas de responsabilidade da gestão fiscal ao Executivo estadual.
De acordo o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud, a medida pode impedir novas promoções, nomeações e concursos públicos e até anular reajustes já acordados pelo governo anterior, de Tarso Genro. Por isso, os servidores querem pressionar para que os deputados não aprovem o projeto.
Também nesta segunda, os sindicalistas decidiram reforçar as mobilizações no Interior. O calendário e as cidades que devem receber as plenárias deve ser decidido em nova reunião marcada para quarta-feira.
A terceira medida aprovada pelo Movimento Unificado é o pedido de uma audiência com o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo da Camino. Os servidores querem reforçar que seja feita uma auditoria nas contas do governo, o que Camino já anunciou que deve pedir, e também pedir que a dívida do Estado com a União passe por análise do MPC.