Uns mil manifestantes se manifestaram pacificamente esta segunda-feira em Guiné Bissau para exigir o retorno ao cargo do premiê destituído, enquanto este país, uma ex-colônia portuguesa, está a cinco dias sem governo.
Para obter a restituição de Domingos Simões Pereira, apelidado "DSP", destituído em 12 de agosto pelo chefe de Estado, José Mario Vaz, "Jomav", militantes do Partido Africano para a Independência de Guiné Bissau e Cabo Verde (PAIGC) convocaram uma passeata para a tarde desta segunda-feira na capital.
Devido às fortes chuvas que caíram por horas, a marcha se transformou em uma concentração de mil pessoas, entre elas o próprio Pereira, em frente à sede do PAIGC, no centro da capital, constatou a AFP.
No sábado passado, o PAIGC, partido no governo no país, voltou a propor Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro, três dias depois de o presidente, José Mario Vaz, o destituir, anunciou uma fonte do movimento.
"Entregamos na sexta-feira a proposta do nosso partido sobre o futuro primeiro-ministro. É o nome do presidente do partido, Domingo Simões Pereira", declarou a segunda vice-presidente do PAIGC, Adja Satu Camara.
Na quarta-feira, Vaz dissolveu o governo que Pereira tinha formado em julho de 2014, devido a desentendimentos na cúpula de Estado.
Os dois políticos são membros do PAIGC, partido que liderou a luta pela independência, obtida em 1974.
* AFP