A ex-reitora da Unirio Malvina Tania Tuttman e outros 11 servidores da universidade foram denunciados criminal e civilmente pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ), conforme informações de O Globo. Eles são suspeitos de participar de irregularidades em convênios de R$ 25 milhões com a Petrobras e responderão, entre outros crimes, por dispensa indevida de licitação, podendo pegar até 5 anos de detenção, e improbidade administrativa. O caso foi denunciado em abril dentro da série "Universidades S/A".
Além da ex-reitora, os servidores que estariam envolvidos no esquema são Wanise Lins Guanabara, José Cortines Linares, Azor José de Lima, Cláudia Cappelli Alo, Fernanda Araújo Baião, Flávia Santoro, Renata Mendes de Araújo, Andrea Magalhães Magdaleno, Hadeliane dos Santos Iendrike, Vanessa Tavares Nunes e Leonardo Guerreiro Azevedo.
- Fartam provas contra as pessoas que denunciei. Não há nenhuma dúvida em termos de jurisprudência quanto à configuração dos crimes. Estou convencidíssimo. Comprovado o que alego nas duas peças, não há nenhuma controvérsia. São dois entes buscando o mesmo objetivo (Unirio e Funrio). Não tem uma prestação e contraprestação de serviços. A Funrio, que não tem nada a ver com o objeto do convênio, subcontrata entidades particulares. Fica claro que são as empresas dos professores e pesquisadores que criaram esse sistema para que os recursos chegassem até eles. Não há como justificar que não tenha havido licitação porque são recursos públicos - explicou a O Globo o autor da denúncia, procurador Leandro Mitidieri Figueiredo.
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Em entrevista ao jornal, Malvina se disse surpreendida com a notícia.
- Estou surpresa. Não quero que uma inverdade como essa manche minha carreira. É muito ruim, num momento crítico como o que a Petrobras enfrenta, o nome de uma pessoa como eu, que sempre prezou pela transparência, seja associado a qualquer irregularidade. Isso é uma questão de honra para mim. A coisa que mais sou é honesta. Não tenho nenhum envolvimento com isso. Fui convidada a prestar esclarecimentos duas vezes pela comissão de sindicância da Unirio, forneci informações e não teve nenhum problema. No PAD da Unirio, não fui indiciada. Ele foi encerrado e não tive problema nenhum. Não havia nada apontando a mínima indicação em suspeição do meu nome - disse Malvina ao O Globo.
* Zero Hora