A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de investigações contra um novo grupo de políticos, além dos 47 que já são investigados desde março. É a segunda lista de suspeitos de envolvimento em corrupção na Petrobras elaborada pelo procurador-geral Rodrigo Janot, cuja manutenção no cargo precisa ser sacramentada pelo Senado, em sabatina realizada nesta quarta-feira.
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Zero Hora apurou que a nova lista de Janot deve incluir alguns nomes que já são investigados em outros inquéritos (abertos em março) e políticos que até agora não são objeto de investigação oficial. A listagem, oriunda de investigações da Operação Lava-Jato (sobre corrupção na Petrobras), está embasada na delação premiada feita pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia.
Fontes em Brasília indicam que, entre os mencionados na delação do empreiteiro, estariam dois ministros petistas da presidente Dilma Rousseff: Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. Pessoa afirma que repassou recursos de Caixa 2 (contribuição não-declarada) à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo em 2010 e também dinheiro à campanha de Dilma Rousseff em 2014. Ele também teria informado contribuições ilegais ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), na campanha em que ele se elegeu.
A lista está em sigilo porque o pedido de inquéritos ainda não foi apreciado pelo ministro que relata a Lava-Jato no STF, Teori Zavascki. Não se sabe o número de pessoas investigadas, mas podem chegar a 11. O número de inquéritos a serem abertos não coincide com a lista de investigados, porque alguns podem abranger mais de um nome.
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Em 3 de março Janot solicitou e conseguiu junto ao STF abertura de inquéritos que contém 47 nomes: 13 senadores, 22 deputados federais e 12 ex-deputados. Esses inquéritos estão tramitando ou em fase de conclusão. Essa primeira lista levou em conta as delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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