O final de semana começou violento em Santa Maria. A Brigada Militar (BM) registrou dois assassinatos em pouco mais de uma hora na madrugada deste sábado. Os dois casos aconteceram entre as 4h e 5h20. Santa Maria registra, agora, 35 assassinatos em 2015. O primeiro caso foi na Praça Saturnino de Brito e o segundo na Avenida Fernando Ferrari. As informações são da Rádio Gaúcha.
Por volta das 5h20, a BM foi acionada para atender uma ocorrência de assassinato em frente a um bar que fica na esquina da Avenida Fernando Ferrari com Rua General Neto, no bairro Nossa Senhora de Lourdes. Ao chegar ao local, a BM encontrou a vítima, um jovem de 19 anos, caída em via pública. Ele foi identificado como Weslei Assunção Ferreira.
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Um guarda que faz a segurança privada para um estabelecimento na região, que preferiu não se identificar, fez o primeiro a atendimento e acionou a BM.
- Eu ouvi gritos de socorro, de faca, e quando cheguei na calçada, vi o criminoso em cima do cara. Ele estava esfaqueando ele. Eu acionei a arma de choque, o criminoso se assustou e fugiu subindo a Fernando Ferrari - conta.
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A BM confirma as informações. O segurança ainda se diz indignado com a situação:
- A gente nunca espera. Você vendo um ser humano perdendo a vida e você não poder fazer nada, a gente se vê de mãos atadas. Eu não poderia deixar alguém perder a vida, mas não tinha mais o que fazer. Quando vi que estava morto, me senti sem chão", diz. "Depois disso, vendo a violência só aumentando, eu considero não trabalhar mais nesta área.
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Mais cedo, por volta das 4h, a BM foi informada de que houve disparos de arma de fogo na Rua Doutor Bozano, no entorno da Praça Saturnino de Brito, onde acontecia a tradicional festa dos calouros. Ao chegar no local, os policiais encontraram a vítima, um jovem de 30 anos, já sem vida na praça. Ele levou pelo menos um tiro. Testemunhas relataram que ouviram ao menos três disparos. Ele foi identificado como João Eduardo Camargo.
O taxista Laudelino Lemos, 58 anos, que trabalha no ponto da Saturnino de Brito, diz que se surpreendeu com o crime.
- O policiamento estava reforçado - observa o taxista.
Ele ainda fala que o problema não são os universitários, mas pessoas que se infiltram para cometer crimes:
- Os universitários não são de briga. O problema é o pessoal que se infiltra. Ontem houve roubo, uma moça foi agredida e hoje veio a acontecer essa tragédia aqui.
O taxista propõe que as autoridades tomem medidas para dar mais segurança:
- É preciso colocar os adolescentes, jovens, em um lugar mais seguro para festejar, dentro da universidade, por exemplo.
A BM fez buscas nas regiões, mas não encontrou suspeitos. A Polícia Civil já fez levantamento pericial nos locais e vai investigar os dois casos.