Foi prorrogado por mais 60 dias o prazo para a definição sobre a situação do servidor de 32 anos do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) que se passaria por médico para abusar de pacientes no local. Conforme o gerente administrativo do Husm, João Batista de Vasconcellos, a Comissão Disciplinar da instituição pediu a prorrogação do prazo por mais 60 dias para concluir o Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Também foi pedida a prorrogação do prazo do afastamento do funcionário de suas funções pelo mesmo período. Dependendo do que for apurado durante o PAD, o servidor pode até ser exonerado do cargo. Outras medidas cabíveis são advertência ou suspensão.
Servidor que se passava por médico pode ser exonerado na segunda-feira
- Não tenho conhecimento sobre o andamento do PAD porque não faço parte. Mas o presidente da Comissão pediu a prorrogação porque é uma situação complexa, que envolve ouvir muitas pessoas e uma documentação muito grande. A minha expectativa é que, dentro desses 60 dias, seja concluído - explica Vasconcellos.
Justiça nega pedido de prisão preventiva do suspeito de ter abusado de gestantes
O primeiro prazo havia terminado no sábado, dia 22. Porém, como não era dia útil, a decisão ficou para esta segunda, quando foi pedida a prorrogação. Além de estar afastado das suas funções como assistente do Laboratório de Análises Clínicas, o servidor foi impedido pela Justiça Federal de entrar no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ele também precisa se apresentar à Justiça semanalmente e comprovar residência, a fim de evitar uma fuga.
Vídeo mostra servidor suspeito de abusar de gestantes saindo do quarto de paciente no Husm
A Polícia Federal, responsável pela investigação do caso, já ouviu as seis vítimas - cinco gestantes e uma portadora de esclerose múltipla - , que confirmaram os abusos. A pedido da defesa do suspeito, foram ouvidas a namorada e um professor do servidor. De acordo com o delegado Diogo Caneda, eles afirmaram que o funcionário estava realizando uma pesquisa na área.
No momento, a PF analisa prontuários das pacientes após quebra de sigilo médico. O próximo passo será ouvir o suspeito.