O Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro) irá aderir a greve nacional dos trabalhadores da Petrobras e paralisar suas atividades por 24 horas a partir da meia-noite desta sexta-feira.
Segundo o presidente da entidade, Fernando Maia da Costa, sindicalistas protestarão contra o novo plano de Gestão e Negócios da Petrobras, que "prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos da empresa, além da venda dos ativos que poderá reduzir o patrimônio da estatal, pondo em risco milhares de empregos".
O grupo promete se reunir em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap S/A), em Canoas, por volta das 6h desta sexta-feira. Também haverá manifestações em terminais da Transpetro em Osório e Rio Grande.
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- Como essa mobilização é interna e específica contra o plano de negócios, não vamos envolver a sociedade. Não haverá bloqueio de rodovia. Mas, nas próximas (paralisações), não sei o que vai ocorrer - afirmou Costa.
Ainda de acordo com o presidente, no Estado, são cerca de 1,2 mil trabalhadores da categoria. Há expectativa de que pelo menos 50% compareça à mobilização, que deve bloquear a entrada da Refap.
No Brasil, a paralisação contará com a adesão de pelo menos 24 plataformas de produção, afirmam sindicalistas. Também devem parar unidades operacionais, como refinarias, terminais de gás e unidades de fertilizantes, o que pode prejudicar a companhia. A greve é descrita pela categoria como um alerta para uma mobilização maior, por tempo indeterminado, contra os cortes de investimentos e propostas de mudanças no marco regulatório do pré-sal. A previsão é que nas unidades onde há adesão dos trabalhadores, a operação seja entregue às equipes de contingência, formadas por terceirizados e integrantes de áreas administrativas.