Faz dias que não se veem varais com roupas estendidas em Santa Maria. O tempo instável, com chuvas frequentes e pouco sol tem impossibilitado, para muita gente, o trabalho rotineiro de lavar roupas. Quem não pode esperar o tempo abrir tem recorrido às lavanderias.
Para esvaziar o cesto de roupa suja, ou mesmo para tirar o cheiro de guardado de edredons e casacos de lã, o setor comemora o aumento na procura pelos serviços, em média 50% maior nos últimos dias.
A estação mais fria e úmida do ano é a "safra" das lavanderias. Com a conta de energia elétrica mais alta, a compra de uma secadora de roupas para usar apenas no inverno pode não compensar, por isso o serviço fica atrativo.
Na Lavanderia Costa, o movimento dobrou desde o começo do inverno, e a proprietária, Adriana Hundertmarck, diz que costuma ser assim quando o frio e as chuvas chegam:
- É sempre assim. Temos aqueles clientes habituais, que pagam por mês, mas no inverno vêm pessoas de toda a cidade, para lavar e secar ou mesmo só para secar as roupas que continuam úmidas quando o tempo não ajuda.
No estabelecimento de Adriana, os preços de alguns serviços foram reajustados no começo do ano e, mesmo com o crescimento de 40% no gasto com energia elétrica, ela não precisou aumentar novamente os valores.
Porém, o economista Mateus Frozza faz um alerta ao consumidor que pretende recorrer às lavanderias: é preciso comparar preços e avaliar o que vale a pena lavar fora de casa, já que em boa parte das lavanderias há diferenciação entre as peças que são contadas por quilo e as que são cobradas por unidade.
- No caso daquelas mais pesadas, como jeans e blusões, vale a pena lavar fora, porque demoram mais tempo para secar em casa e, se a pessoa tem secadora de parede, gastaria muita energia. Agora, camisas e roupas mais leves é bom avaliar, já que normalmente são cobradas por unidade - explica Frozza.