Ao comentar o primeiro semestre de governo Sartori, fiz um instante de silêncio no microfone da Rádio Gaúcha. Pareceu até que a emissora havia saído do ar. O mutismo se justifica: é que simplesmente não há nada a comentar. Foram seis meses de paralisia e chororô, com o Piratini fazendo das tripas coração para pagar os salários dos servidores em dia. Meio ano de serviços comprometidos e redução quase total nos investimentos.
Se fosse passageiro, vá lá. Mas não é: o corte de gastos anunciado no começo do ano foi renovado por mais 180 dias. E o próprio governador admite que a situação vai piorar nos próximos meses. Mesmo com ginástica financeira e atraso nos repasses a municípios, hospitais e fornecedores, é provável que falte dinheiro para pagar a folha de julho em dia.
Paralisado pela falta de grana, o governo faz questão de pintar um quadro dos mais cinzentos sobre as contas públicas, criando o ambiente para apelar no segundo semestre ao velho e amargo remédio do aumento de impostos. Que, em tempos de recessão econômica e desemprego, pode até piorar o estado de saúde do "doente".
Carlos Medina
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre decidiu que uma das novas ruas junto ao Beira-Rio receberá o nome do sambista Carlos Medina. Trata-se de uma justa homenagem ao músico e carnavalesco morto em 2011, por sua reconhecida e talentosa atuação na cena artística e cultural da cidade.
Dou a maior força pra esse tipo de lembrança. As grandes personalidades porto-alegrenses precisam ser eternizadas em nossas ruas, praças e avenidas, para que jamais caiam no esquecimento. Às vezes, preocupados em fazer agrados políticos, homenageamos figuras que nada têm a ver com a nossa história.