Com a larga vantagem do "não" nas urnas gregas, mesmo antes do fim da apuração dos votos, líderes europeus já agendaram uma reunião para próxima terça-feira em busca de alternativas para Atenas. Neste domingo, a população grega escolheu não aceitar a aplicação de novas medidas de ajustes fiscais apresentadas pelos credores internacionais - Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.
O grupo de trabalho do Eurogrupo, instância que prepara reuniões de ministros das Finanças da zona do euro, deve se reunir para analisar as consequências do resultado do referendo. O grupo de trabalho é composto por representantes dos Estados-Membros da zona do euro que integram o Comitê Econômico e Financeiro e por representantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu e tem como missão prestar assistência ao Eurogrupo na preparação das reuniões.
Afinal, por que esses gregos estão comemorando?
De acordo com o Palácio do Eliseu, sede do governo da França, Hollande vai receber na tarde de segunda-feira a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, para discutir o resultado do referendo. No comunicado, a presidência francesa aponta que o encontro marca a "cooperação permanente entre França e Alemanha para contribuir com uma solução duradoura para a Grécia".
Mas o vice-primeiro-ministro alemão, Sigmar Gabriel, disse que, com o resultado, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, "derrubou as últimas pontes sobre as quais a Europa e Grécia poderiam ter se movido em direção a um acordo".
Entenda o que levou a Grécia ao fundo do poço
Até o momento, não foi agendada nenhuma reunião extraordinária do Eurogrupo para tratar da crise na Grécia. No calendário oficial, consta apenas uma reunião ordinária do fórum de ministros das Finanças no dia 13 de julho. A expectativa, entretanto, é que um encontro seja convocado antes dessa data para discutir o assunto.