O gaúcho como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Essa é a condição que a Confederação Internacional da Tradição Gaúcha (CITG) pretende alcançar na Unesco para a figura e os costumes tradicionalistas do Rio Grande do Sul.
Por enquanto, trata-se apenas de uma ideia que foi lançada durante um congresso na semana passada, em Montevidéu, da CITG, composta por Argentina, Uruguai e Brasil.
Não será uma tarefa fácil, pois a tramitação do pedido deve levar tempo. A tendência, no entanto, é que a proposta avance, conforme avalia o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
- Queremos que a cultura gauchesca, seu fazer, seu modo de agir, seus hábitos, sejam reconhecidos pela Unesco. Mas para isso o processo deve ser aprovado, primeiro, em cada país envolvido. O Uruguai já está com a discussão em andamento. A Argentina e nós, no Brasil, estamos começando a discutir o tema. Com a união de todos teríamos mais força para viabilizar a ideia - explica o presidente do MTG, Manoelito Savaris.
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Conforme a Unesco, o Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes.
Para entrar na lista representativa, a figura do gaúcho teria, primeiro, que passar pelo crivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que reconhece como patrimônio cultural imaterial da humanidade, atualmente, o Samba de Roda no Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi, o Frevo: expressão artística do Carnaval de Recife, Círio de Nossa Senhora de Nazaré e a Roda de Capoeira.
Somente depois de virar patrimônio cultural nacional é que a proposta iria para a Unesco. O escritório da organização, em Brasília, informou que não tem conhecimento do pedido.
* Zero Hora