Em coletiva de imprensa no fim da manhã desta segunda-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, disse que pedirá à Ouvidoria da Casa para avaliar formas de aumentar a fiscalização sobre o uso de combustível por parlamentares.
Ele voltou a afirmar, também, que encaminhará para a Comissão de Ética as suspeitas de irregularidades no gabinete do deputado Diógenes Basegio (PDT) levadas ao ar pelo Fantástico, no domingo.
Sobre isso, Brum ressaltou que as ações dos gabinetes são de responsabilidade exclusiva de cada deputado. Mas afirmou que "não passará a mão na cabeça de ninguém".
- O responsável, se assim for comprovado, que pague pelos atos que cometeu (...) Sobre indícios, não posso falar, porque não sou do meio jurídico. Mas se tiver culpa, encaminha-se, sim, para uma cassação - disse.
Segundo a investigação de três meses feita pelo repórter Giovani Grizotti, há indícios de um golpe para aumentar o valor da indenização pelo uso de veículos particulares em serviço e da extorsão de salários de funcionários. Isso se daria por meio de alterações no odômetro, que mede a quilometragem dos veículos.
Atualmente, cada parlamentar tem direito a receber R$ 0,89 por quilômetro rodado, sendo que o limite são 32 mil quilômetros por quadrimestre, para até três veículos. Isso equivale a R$ 28,4 mil a cada quatro meses. Já o odômetro dos veículos é vistoriado, segundo Brum, a cada mês.
- A gente sempre acreditou no relatório que cada deputado apresenta, mas a Ouvidoria fará um estudo detalhado para ver formas de apertar o cerco na fiscalização - disse o presidente.
*Zero Hora