O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta segunda-feira, em Brasília, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deve ser tratado como "Cristo", por ter "sofrido muito" no trabalho pelo reequilíbrio das contas públicas. Uma das medidas adotadas pelo governo foi o ajuste fiscal, além do contingenciamento de parte do Orçamento.
- Ele tem que ser tratado como Cristo, na medida que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida que deixou um exemplo extraordinário para todo mundo - disse Temer.
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O vice-presidente da República ainda citou o ajuste fiscal, à espera de aprovação no Congresso Nacional.
- Penso que o ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso. No primeiro momento vai parecer uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultado - completou.
Para completar as comparações bíblicas, a presidente Dilma Rousseff havia dito ontem, ao jornal Estado de São Paulo, que o ministro não pode ser transformado em "Judas" por causa das medidas impopulares do ajuste fiscal.
Temer e Levy devem se reunir ainda esta noite, com a participação do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Na terça-feira, o vice-presidente vai conversar com as lideranças do Senado para, segundo Temer, traçar o "panorama geral" da Casa.
No final de maio, o Senado concluiu a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, mas os planos do governo para reduzir os gastos ainda dependem da aprovação do Projeto de Lei 863/2015, que reduz as desonerações da folha de pagamento para 56 setores da economia. A votação foi adiada pela Câmara e deve ocorrer em junho.
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*Agência Brasil e Zero Hora