A Europa alcançou níveis históricos de paz e as regiões do Oriente Médio e Norte da África são as mais violenta do mundo, segundo o Índice Global de Paz 2015 divulgado nesta quarta-feira. De acordo com o Índice Global de Paz (IGP), elaborado pelo Instituto para Economia e Paz sediado em Sydney (Austrália), a Islândia é o país mais pacífico do mundo, ficando a Síria em último lugar na lista de 162 Estados, que têm 99,6% da população mundial.
"Quatro das nove regiões geográficas registraram no ano passado melhoria em termos de paz e as cinco regiões restantes tornaram-se menos pacíficas. As "mudanças mais substanciais" foram observadas no Oriente Médio e Norte de África, diz o relatório.
O Brasil está em 103º. Na América do Sul, está à frente apenas da Venezuela, 142º, e da Colômbia, 146º. Confira o ranking completo na página do Índice Global de Paz (IGP).
Os dez países mais pacíficos do mundo são, depois da Islândia, a Dinamarca, Áustria, Nova Zelândia, Suíça, Finlândia, o Canadá, Japão, a Austrália e a República Tcheca. Portugal aparece a seguir, na 11ª posição, seguido da Irlanda, enquanto a Alemanha surge em 16º e a Espanha em 21º. Os últimos da lista são a Coreia do Sul (153), o Paquistão, a República Democrática do Congo, o Sudão, a Somália, República Centro-Africana, o Sudão do Sul, Afeganistão e Iraque (161), logo atrás da Síria.
Os indicadores utilizados para elaborar a lista dos países incluem segurança pública, violência policial, taxa de homicídios, justiça social, terrorismo, participação em conflitos, grau de militarização e gastos com armas.
O IGP indica ainda que a Líbia foi o país que mais desceu na classificação, caiu 13 lugares para a posição 149, enquanto a Guiné-Bissau foi o que mais subiu, 24 posições, aparecendo agora em 120º lugar. Segundo o estudo, no ano passado aumentou significativamente a intensidade dos conflitos armados, tendo-se registrado mais de 180 mil mortos, diante de 49 mil em 2010. Houve ainda mais 9% de mortes (cerca de 20 mil) devido ao terrorismo.
A atividade terrorista tem-se propagado desde o Oriente Médio e o Norte de África para a África Subsaariana, com maior aumento na Nigéria, em Camarões e no Níger, área de atuação do grupo radical islâmico Boko Haram.
O relatório assinala ainda que quase 1% da população mundial, cerca de 50 milhões de pessoas, está refugiada ou integra o grupo de deslocados internos, o nível mais alto desde 1945, no final da Segunda Guerra Mundial.
O impacto da violência na economia global foi US$ 14,3 bilhões, (12,6 bilhões de euros), o equivalente a 13,4 % do Produto Interno Bruto (PIB) mundial o ano passado, o mesmo das economias combinadas do Brasil, Canadá, da França, Alemanha, Espanha e do Reino Unido, indica o estudo.
O valor inclui gastos militares de US$ 3 bilhões; de segurança interna de US$ 1,3 bilhão, as perdas por crime e violência interpessoal de US$ 2 bilhões; e perdas devido a conflitos de US$ 817 bilhões.
* Redação Zero Hora com Agência Brasil