Depois de reivindicar a explosão em uma mesquita xiita do Kuweit, que causou a morte de 25 pessoas, o grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI) assumiu, em um comunicado divulgado por contas jihadistas no Twitter, a autoria do sangrento atentado nesta sexta-feira contra um hotel perto de Sousse, na Tunísia. O ataque matou 38 pessoas, a maioria britânicos, segundo o último boletim.
"O soldado do califado (...) Abu Yahya al-Qayrawani (...) conseguiu atingir o alvo no hotel Imperial - matando quase 40 pessoas. A maioria deles indivíduos de Estados da aliança cruzada que combate o Estado do califado", acrescentou o texto.
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O grupo ainda não reivindicou o atentado ocorrido na França, onde uma pessoa morreu e pelo menos duas ficaram feridas em usina de gás na cidade francesa de Saint-Quentin Fallavier. Mas, ao lado do corpo decapitado encontrado no local, foi deixada uma bandeira islâmica.
O comunicado do EI a respeito do acontecimento na Tunísia afirma que o ataque visava "os antros de (...) fornicação, vício e apostasia na cidade de Sousse" e "superou as medidas (de segurança) reforçadas em torno destes antros na praia de Kantaoui".
O autor do ataque foi identificado como Seifeddine Rezgui, um jovem tunisiano originário de Gaafour (noroeste) e que estudava em Kairouan (centro).
Em março, homens armados do Estado Islâmico entraram no maior museu de Túnis, capital do país, e mataram 23 pessoas, sendo 19 turistas europeus. Depois do atentado ao museu, o número de turistas caiu 25,7% no país em relação ao ano anterior.
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Os hóspedes do hotel Riu Imperial Marhaba do balneário de Sousse, na Tunísia, eram em sua maioria britânicos e da Europa central, indicou o estabelecimento sem precisar a nacionalidade das vítimas. No momento do ataque, havia 565 clientes no hotel, segundo indicou o grupo em um comunicado.
Confira o local do ataque:
*Zero Hora e AFP