O fracasso nas negociações entre gregos e credores internacionais, a realização de um referendo para decidir sobre a ajuda financeira internacional, o congelamento da linha emergencial de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) e o consequente controle de capitais e saques bancários fazem crescer a possibilidade de saída da Grécia da zona do euro, o chamado "Grexit" - expressão que une "Grécia" e "exit".
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Nesta segunda-feira, a consultoria Economist Intelligence Unit atualizou o cenário e agora prevê 60% de chance de saída dos gregos da moeda única. O diretor da consultoria, Robin Bew, explica que "o referendo mudou o jogo".
- Nossa equipe revisou a probabilidade de um Grexit para 60%. Eleitores provavelmente rejeitarão o acordo com credores ou rejeitarão o governo - diz o economista.
Na Suécia, o economista-chefe do banco SEB, Robert Bergqvist, reconhece que "devido ao comportamento de Atenas e imprevisibilidade nos últimos dias, o Grexit têm infelizmente alta probabilidade". O economista lembra que pesquisas recentes mostram que quase 70% da população grega apoia a manutenção da moeda única.
- Mas as decisões de Atenas podem isolar o país do resto do mundo em termos econômicos, políticos e financeiros - diz o economista em relatório nesta manhã.
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O ex-executivo-chefe da gestora Pimco Mohamed El-Erian disse nesta manhã, em entrevista à agência Bloomberg, que a possibilidade de que a Grécia "seja forçada a deixar o euro" nas próximas semanas já está em 85%.
Mesmo com o discurso oficial do governo francês de que é possível retomar as negociações com os gregos, o ministro de Finanças da França, Michel Sapin, admitiu nesta manhã que o Grexit é uma possibilidade sobre a mesa.
- É sempre uma possibilidade, um risco - disse durante entrevista à France Inter Radio nesta manhã.
O ministro, porém, reafirmou que as negociações entre gregos e os credores podem ser retomadas a qualquer momento.
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