Amante da mulher do executivo Luiz Eduardo de Almeida Barreto, assassinado no início do mês em uma área nobre de São Paulo, o inspetor de segurança Marcos Fábio Zeitunsian confessou ter contratado um pistoleiro para matar o empresário em uma travessa da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, zona sul da cidade. As informações são do Fantástico.
Em depoimento a professora de português Eliana Freitas Barreto, mulher da vítima, disse que o assassinato do marido seria uma forma de evitar o sofrimento dele com a separação. A professora e o amante estão presos e podem ser condenados a 30 anos de cadeia.
Eliana morava em uma casa de classe média com o marido e o casal de filhos adolescentes. Segundo os parentes, ela era muito bem tratada pelo marido Luiz Eduardo. Recentemente, ganhou de presente um carro importado no valor de R$ 120 mil e fazia viagens de férias para os Estados Unidos com a família.
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O casal de amantes se conheceu 13 anos atrás, mas depois de um relacionamento de curta duração se separou quando Eliana se mudou para o interior de São Paulo. O reencontro aconteceu há dois anos, através de uma rede social.
Para executar o plano, Marcos Fábio diz que primeiro falou com um homem chamado Eduardo, que se comprometeu a encontrar um pistoleiro. A polícia ainda não identificou esse Eduardo.
- Eu tinha passado para o Eduardo que a vítima tava batendo na mulher, batendo nas crianças. E ele chegou e falou: "meu, se eu falar isso aí, ninguém vai querer" - conta Marcos Fábio.
Para cometer o crime, o pistoleiro teria que ter um motivo mais forte. Alegar que a vítima agredia a própria família seria pouco. A saída foi inventar uma história para o assassino.
Eliezer Aragão da Silva, conhecido como Carioca estava em liberdade condicional: tinha saído da cadeia no mês passado, depois de cumprir 17 anos por latrocínio, o roubo seguido de morte. Marcos Fábio mentiu para o pistoleiro, dizendo que tinha uma filha de sete anos e que ela tinha abusada por luiz Eduardo, que seria um pedófilo.
A câmera de segurança de uma padaria gravou o assassinato. Luiz Eduardo estava com um amigo. Eliezer simulou um roubo e atirou três vezes no marido da professora. Ao ser preso, logo depois do crime, ele ainda pensava que a vítima fosse um pedófilo.
Para a polícia, o real motivo do crime foi o seguro de vida do diretor comercial, de R$ 500 mil. O dinheiro serviria para abrir uma sorveteria num shopping para o amante da professora.