A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouvou, nesta terça-feira, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Esta foi a terceira vez que Costa depõe à CPI. Nas duas anteriores, ele optou por se manter em silêncio. O ex-diretor está preso em regime domiciliar. Ele depôs nos processos da Lava-Jato e foi o primeiro delator do caso. Revelou repasses de percentuais sobre contratos para partidos políticos e admitiu ter recebido valores desviados de contratos bilionários da Petrobras.
Veja como foi a cobertura do depoimento ao vivo:
A última vez em que o ex-diretor esteve no Congresso foi em dezembro, durante acareação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras com o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró.
Na ocasião, ele confirmou tudo o que falou na delação premiada acertada com o Ministério Público e a Polícia Federal. Segundo o ex-diretor, foram 80 depoimentos em mais de duas semanas de delação.
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Paulo Roberto Costa denunciou um esquema de suborno em diretorias da estatal para beneficiar partidos políticos, com propina correspondente a 3% do valor dos contratos com empreiteiras. Segundo ele, desse total, 2% ficavam com o PT e 1% com o PP - esse 1% era usado, às vezes, para pagar o PMDB e o PT, e uma vez o PSDB.
Costa integrou a diretoria da estatal entre 2004 e 2012, nos governos Lula e Dilma. Foi escolhido diretor por indicação do PP.
* ZH e agências