Servidores administrativos das universidades e institutos federais de ensino entram em greve a partir desta quinta-feira no Rio Grande do Sul. A paralisação foi definida em uma assembleia geral da categoria e faz parte de uma mobilização nacional da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Devem aderir à greve os técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IF-RS) - campus Canoas, Restinga e demais campi da Capital -, e universidades federais de Santa Maria, Rio Grande e Pelotas (UFSM, Furg e UFPel).
Os serviços mais afetados serão internos, como atendimento, bibliotecas, matrículas de estudantes, recursos humanos e financeiro e entre outros trabalhos administrativos. Entre as reivindicações estão luta por data-base, reajuste salarial de 27,3% e melhores condições de política salarial e plano de carreira.
- A principal pauta é a salarial. Não temos prazer em fazer greve, gostaríamos de exercer nossas funções normais, mas infelizmente não há proposta, não temos perspectiva nenhuma. Só temos a lamentar e lutar pelos nossos direitos - afirma a diretora-geral da ASSUFRGS, Bernardete Menezes.
Uma nova assembleia será realizada nesta quinta-feira, às 9h, no pátio da Reitoria da UFRGS, em Porto Alegre, para a instalação do comando de greve.
Professores do Andes também param
Professores ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) também entram em greve no Estado a partir desta quinta-feira. A paralisação foi deflagrada pela representação nacional da categoria e abrange cerca de 20% dos professores da UFRGS ligados ao sindicato.
O Andes reivindica a defesa do caráter público das universidades, melhores condições de trabalho e autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados, além de mais investimentos para a educação pública.
O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), que representa outros 70% do corpo docente da UFRGS, não aderiu à greve. O restante (10%) é de docentes considerados independentes.
*Zero Hora