Em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defenderam as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo federal.
De acordo com Levy, o bloqueio de gastos anunciado na última sexta-feira foi necessário - e, segundo ele, veio em valor adequado, R$ 69,9 bilhões. Para o ministro, a arrecadação brasileira está em baixa em 2015 e o corte "não coloca risco no crescimento econômico".
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- Como as receitas não estão nem próximas daquilo que está previsto no Orçamento aprovado no mês passado, por várias razões, faz-se necessário que, onde o governo pode, tenha cortado. Cortou-se com muita cautela, equilíbrio, na medida em que se poderia fazer, inclusive sem impor o menor risco em relação ao crescimento econômico - disse o ministro.
Questionado sobre a razão pela qual não participou da entrevista coletiva de anúncio do corte de R$ 69,9 bilhões na última sexta-feira, Levy disse que não houve divergência e que ele estava "gripado ou resfriado". O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.
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Durante a coletiva, Mercadante afirmou que este " é o maior corte feito no país". Segundo ele, no Senado, "há ampla maioria" favorável às medidas de ajuste do governo federal, mas existe uma pequena dissidência da bancada petista.
- Correções são necessárias para termos situação econômica mais adequada. (...)Lamentamos que tenhamos pequenas dissidências - disse.
Ele afirmou, ainda, que a bancada do PMDB na Câmara é muito importante no que se refere às desonerações, porque o relator da proposta é o líder do partido, Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
* Zero Hora
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"Receitas não estão nem próximas do previsto no orçamento", diz Levy
Ministro da Fazenda e ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defenderam medidas de ajuste fiscal em coletiva nesta tarde
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