Das quatro obras do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema/Serra), apenas uma será concluída no prazo. A Rota do Sol, entre Caxias do Sul e Lajeado Grande, fica pronta em julho, dois anos após assinatura do contrato entre a empresa Traçado e o governo estadual. As outras três intervenções, na ERS-324, BR-470 e ERS-122, sofreram com corte de verbas e desistência na empresa contratada inicialmente.
Responsável hoje pelos quatro trechos do Crema/Serra, a Traçado afirma que as obras na BR-470 e na ERS-324, que compõem o lote 1, estão em dia. A empresa assumiu o contrato em agosto do ano passado, depois que a vencedora da licitação, a CSL, abandonou a obra. Assim o contrato fica, segundo o diretor presidente Everton Andreetta, estendido até agosto de 2019, contando restauração e manutenção.
- A outra empresa ficou lá um ano e não fez nada. Para nós, é como se começasse a contar o prazo em agosto do ano passado.
A Traçado foi vencedora da licitação para o lote 2. Por isso, assumiu as obras na RSC-453 e na ERS-122 ainda em meados de 2013. Apenas a Rota do Sol foi concluída em dois anos, como previsto no contrato, devido à limitação de recursos. Segundo Andreetta, por causa do grande movimento da rodovia a Fazenda Estadual optou por priorizar a Rota. A ERS-122 começa a ser reformada em julho e fica pronta em 2016.
Daer fala em readequação no cronograma
Há um ano, durante visita à Rota do Sol, o secretário de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, afirmou que "a empresa tem obrigação de fazer a recuperação asfáltica nos dois primeiros anos e depois, durante três anos, fazer a conserva do trecho". No lote 1 (ERS-324 e BR-470), o prazo para restauração se estende até agosto de 2016, já que o contrato foi assinado com a Traçado apenas em agosto do ano passado.
Como o contrato do lote 2 foi assinado em julho de 2013, o trabalho de recuperação deveria ser concluído tanto na Rota do Sol quanto na ERS-122 em 60 dias, o que não vai acontecer. De acordo com o Daer, o projeto de restauração da ERS-122 precisou ser revisto e "provavelmente terá uma readequação no cronograma de obras". Já a Traçado afirma que houve problemas no repasse de verbas do Estado.
Por meio da assessoria de comunicação, o Daer afirma que a demora no começo das obras aconteceu apenas por causa do processo de rescisão do contrato com a CSL e assinatura de um novo com a Traçado. A nova empresa tinha seis meses para se mobilizar e iniciar o trabalho e, enquanto isso, fez a manutenção da rodovia.
Infraestrutura
Obras do Crema atrasam em três rodovias da Serra Gaúcha
Restauração da ERS-324, BR-470 e ERS-122 começa agora, quando rodovias deveriam estar prontas
GZH faz parte do The Trust Project