Neste Dia das Mães, a professora universitária Fernanda Kieling Pedrazzi decidiu agradecer ao grande grupo de pessoas que se envolveu no salvamento e na recuperação de uma das filhas com um depoimento. Ana Cristina, 8 anos, afogou-se ao ficar com os cabelos presos no ralo da piscina dos avós, em fevereiro, em Santa Maria.
Mas, graças à agilidade dos avós e das equipes que foram acionadas para resgatá-la, a menina se recuperou bem, voltou para casa após poucos dias internada e comemorou o Dia das Mães com a família. Confira abaixo o depoimento de Fernanda, publicado na página de Opinião do Diário de Santa Maria deste fim de semana e em seu perfil no Facebook.
"Venho aqui em meu nome e em nome da minha filha. É na condição de mãe que me dirijo à comunidade santa-mariense. Há exatos três meses, passamos por momentos difíceis em nossa família após o acidente da minha filha Ana Cristina na piscina da casa de meus pais. Embora o dia 9 de fevereiro de 2015 seja um marco, um dia que não esqueceremos, a Ana está ótima, e isso graças ao esforço de muitas pessoas.
Assim, gostaria de fazer alguns agradecimentos. Começo pelos meus pais, que estavam com a Ana e ajudaram a salvar sua vida. Agradeço a todas as demais pessoas que fizeram qualquer ação, grande ou pequena, que tenha auxiliado a preservar a saúde dela. Dirijo-me, agora, especificamente à equipe da Brigada Militar, do atendente do telefone, aos batedores, aos homens que estiveram na casa de meus pais e ao comando.
À equipe do Samu, que esteve envolvida no salvamento, levando a Ana do local do acidente até o hospital, e à equipe do pronto atendimento, especialmente da UTI Pediátrica do Hospital de Caridade, que a recebeu de braços abertos e não mediu esforços para sua recuperação. Todos fizeram muito mais do que o seu trabalho: nos confortaram, foram extremamente carinhosos em um momento tão delicado e ainda agiram com presteza e competência.
Faço, ainda, um agradecimento ao apoio de minha família, amigos, conhecidos e desconhecidos, a todos que pensaram nela naqueles dias, assim que souberam do acidente e mentalizaram a sua excelente recuperação.
Dias depois, quando ela já estava em casa, onde quer que fôssemos, se falávamos que ela era a "garota da piscina" (como ela mesma diz), as pessoas demonstravam seu afeto e sua torcida. Volta e meia, me pego conversando com alguém sobre o ocorrido, como se ainda quisesse, ao falar sobre isso, entender o que houve e os motivos de passarmos por aquela situação. Porém, existem
coisas que não compreendemos.
O importante é que a Ana está ótima e isso é o que nos faz felizes. Nossa família está completa: meu marido Marcelo e eu com nossos três filhos - Antonio, Ana e Luiza. E isso graças ao apoio de todos. Sinto que uma grande corrente do bem nos envolveu e nos permitiu estarmos juntos e com a Ana. Obrigada!"