Aos 24 anos, a bancária Priscila Rodrigues Machado recebeu o diagnóstico de câncer: um Linfoma de Hodgkin, doença que afeta as defesas do corpo. Depois que ela terminou o tratamento, em fevereiro passado, a doença voltou com tudo. Mas, dessa vez, atingiu sua mãe, a cabelereira Elisabete Rodrigues Machado, 54 anos, que recebeu o diagnóstico de um tumor de mama.
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- Quando eu fiquei sabendo, foi um grande baque. Porque, quando é com a gente, aprendemos a ser forte e a encarar a situação. Quando é com o outro, e esse outro é a tua mãe, o choque parece ser muito maior - avalia Priscila.
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Enquanto a mãe passa por tratamento - desde fevereiro, ela está na etapa de quimioterapias - a jovem se preocupa em dar todo apoio que pode, com base na própria experiência.
- Eu já sei os alimentos que ela pode comer, por exemplo. Isso ajuda bastante - conta.
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A mãe explica que, quando está longe, relata as consultas para a filha por telefone ou por mensagem de texto no celular.
- Eu não poderia esperar uma atitude diferente. Eu queria que ela me desse atenção nessa hora e ela me cuida o tempo inteiro. Tive amigos que se ausentaram, mas a minha filha está sempre do meu lado - diz Elisabete, orgulhosa.
Um amor que foi escolhido
A mãe ainda lembra que a filha abriu mão de uma viagem paga e planejada com amigos, ao Uruguai, por preocupação com a mãe.
- Minha vontade era fazer com que ela fosse na viagem, não era necessário deixar de ir por causa da quimioterapia. Mas não posso negar que eu fiquei feliz de vê-la preocupada comigo. Não poderia esperar outra reação que não essa da minha filha. Mas nosso relacionamento, desde que ela era pequena, sempre foi assim, de muita amizade e diálogo. Uma sabe tudo sobre a outra - comenta.
Priscila, que foi adotada com um dia de vida, explica que as duas têm uma conexão forte:
- A minha mãe me escolheu e eu não vejo outra opção, senão estar ao lado dela.
