O número de inadimplentes do Rio Grande do Sul cresceu 3,44% em março de 2015, em comparação a março de 2014. O dado de levantamento mensal realizado pelo SPC mostra que o Estado está abaixo da média nacional, que ficou em 3,76%. Por outro lado, o número de dívidas em atraso dos gaúchos cresceu, no mesmo período, 3,89%, ficando ligeiramente acima da média do País, que chegou a 3,46%.
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- Esta situação de menor crescimento da inadimplência pode ser explicada pelo fato de o emprego no Rio Grande do Sul em março de 2015 ter registrado melhor desempenho do que o padrão nacional, com a geração líquida de 12.240 empregos, respondendo por 63% do saldo positivo de novas criadas no País. Por outro lado, a elevação da taxa de juros, especialmente no âmbito do cheque especial e rotativo do cartão de crédito, pressionou o aumento do número de dívidas em atraso - destaca o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch.
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Koch aponta ainda que a situação na qual o Estado registra menor crescimento do número de endividados e maior elevação da quantidade de dívidas é justificada pela concentração do endividamento em consumidores com maiores dificuldades de acesso a emprego. Em março de 2015, cada consumidor inadimplente no Rio Grande do Sul tinha em média 2,210 contas em atraso.
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- A FCDL-RS chama a atenção dos lojistas para o uso de instrumentos de verificação de crédito como SPC especialmente no momento atual da economia gaúcha, onde a inadimplência está centrada em devedores antigos negativados pela base de dados de proteção ao crédito. É importante lembrar que os lojistas devem ter em mente que a massa salarial gaúcha vem registrando sustentabilidade, o que representa a manutenção do poder de compra da sociedade - fala.
O presidente da FCDL-RS diz, também, que de cada dez pessoas consultadas no SPC, três apresentam algum tipo de apontamento de inadimplência. Mas o ponto positivo desse registro é que cerca de 26% das pessoas incluídas no órgão com dívidas em atraso de até 15 dias, regularizaram sua situação em até um mês após receber a notificação.
A região Sul, que engloba Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, apresentou o menor índice de inadimplentes em relação à sua população, totalizando 34,8% do total. A região Norte possui o maior índice em todo o Brasil, com 45,3% do total da população com idade entre 18 e 95 anos. Em seguida aparece a região Centro-Oeste, com 41,3%, Nordeste, com 38,7% e Sudeste, com 35,7%.
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