O Hospital São Carlos, de Farroupilha, tem uma nova equipe diretiva desde a manhã desta sexta-feira. O grupo que administrava a instituição desde outubro de 2014 deixou as funções nesta quinta-feira. A alegação foi dificuldade de diálogo com a prefeitura. Por meio de decreto, a administração municipal assumiu o hospital em março de 2014, por causa da crítica situação financeira que o São Carlos atravessa. O prefeito Claiton Gonçalves diz que as dívidas somam atualmente R$ 20 milhões, mas que os pagamentos estão em renegociação.
Em coletiva, o novo gestor Francisco Isaias disse que a instituição é totalmente viável e que ele quer inaugurar um "novo momento para o hospital". Afirmou que, ao lado do administrador-geral Ivan Michelon e do assessor jurídico Glademir Antunes, vai trabalhar para garantir o acesso e a qualidade do atendimento.
Saída da antiga equipe gestora:
De acordo com o ex-gestor, Enrique Rodriguez, um plano de restruturação foi apresentado com o intuito de tornar o hospital sustentável, mas a administração municipal não aceitou. As medidas incluíam fechamento da alta complexidade, privatizar o serviço de exames por imagem e modificações no serviço de sobreaviso, além de alterações no Pronto Socorro, com atendimento apenas de casos de urgência e emergência. O prefeito afirmou que, se implantada, a iniciativa diminuiria o hospital e considerou que a comunidade tem de ser plenamente atendida. A médica Eleonora Broilo, que estava na diretoria técnica e deixou o cargo, afirmou que a recusa colocou o trabalho em uma situação insustentável. Além dela e de Rodriguez, Valesca Peres, que estava na assessoria jurídica, deixou o cargo.