Autoridades italianas e líbias anunciaram o resgate de mais de 2,6 mil imigrantes neste domingo no Mediterrâneo, elevando o total do final de semana a mais de 6,3 mil. Segundo a Guarda Costeira Italiana, dez imigrantes morreram - oito foram encontrados mortos em dois barcos, e outros dois se afogaram tentando alcançar os socorristas. Quatro operações de resgate foram deflagradas.
As operações da Guarda Costeira Italiana resgataram, nos dois dias, mais de 5,8 mil pessoas. Outras 500 foram interceptadas na costa da Líbia, antes que chegassem à Europa. Apesar de não representar um recorde, este é um dos balanços de resgatados mais elevados dos últimos dois anos. Em 12 e 13 de abril passados, mais de 6,6 mil imigrantes foram resgatados.
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Embarcação com mais de 300 imigrantes está afundando no Mediterrâneo A cada dia, centenas de emigrantes embarcam nas costas líbias em embarcações precárias com a esperança de chegar ao continente europeu: na travessia, extremamente perigosa, morreram somente em abril 1.200 pessoas, 750 delas em uma das piores tragédias marítimas em décadas.
No sábado, 3.690 imigrantes foram resgatados no Mediterrâneo. Eles foram encaminhados ao porto de Crotone, na Calábria, sul da Itália, onde as autoridades prenderam dois supostos contrabandistas.
Líbia intercepta outras 500 pessoas
Além dos 5,8 mil resgatados pelas autoridades europeias, outras 500 pessoas foram interceptadas pela Guarda Costeira da Líbia quando tentavam atravessar o Mediterrâneo a bordo de cinco embarcações.
Segundo o coronel Reda Isa, os navios foram localizados a oito milhas náuticas das costas líbias, e receberam a ordem de regressar a Misrata, a leste da capital, Trípoli, onde as autoridades instalaram um centro de detenção.
Após a tragédia ocorrida, a UE decidiu reforçar sua presença no mar e triplicar seu orçamento de salvamento marítimo, mas a instável situação política na Líbia favorece a utilização de suas costas como uma das grandes rotas de trânsito para a Europa.
* AFP
Veja imagens do resgate da tragédia do dia 20 de abril:
* AFP
