Na busca de pistas do paradeiro da professora universitária Cláudia Pinho Hartleben, 47 anos, desaparecida há 42 dias, em Pelotas, a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) da cidade começou a colher depoimentos, testando as reações das testemunhas com o uso do detector de mentira (tecnicamente chamado de polígrafo).
Professora desaparecida em Pelotas intriga investigadores
Família oferece recompensa por informações sobre professora desaparecida
Na noite de terça-feira, uma pessoa foi ouvida e submetida ao equipamento, mas o teor das declarações e nome da pessoa são mantidos em sigilo. O resultado será conhecido em 10 dias, mas também não será divulgado. A única informação revelada pelo delegado Félix Fernando Rafanhim, da DHD, é que se trata de alguém das relações de Cláudia e que poderia saber algo sobre o desaparecimento da professora, coordenadora do curso de Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Foto: Divulgação
Outras duas pessoas deveriam ser ouvidas sob o acompanhamento do aparelho (um computador dotado de software que grava e analisa o tom de voz e calcula o grau de veracidade das palavras) mas desistiram.
Nos últimos dias, a polícia também vasculhou três propriedades rurais (sem revelar detalhes) no interior de Piratini, cidade distante cerca de 100 quilômetros de Pelotas, checando informes de que Cláudia pudesse estar nesses locais, mantida em cativeiro. As buscas foram infrutíferas.
A professora sumiu na noite de 9 de abril, por volta das 23h, logo depois de chegar em casa, no bairro Três Vendas, e estacionar sua caminhonete na garagem. Não há sinais de arrombamento nem de luta corporal na residência, onde ela mora com o filho de 21 anos.
A professora sumiu na noite de 9 de abril, por volta das 23h, logo depois de chegar em casa, no bairro Três Vendas, e estacionar sua caminhonete na garagem. Não há sinais de arrombamento nem de luta corporal na residência, onde ela mora com o filho de 21 anos, e o segundo marido.
Pertences da professora não foram roubados, sumindo apenas a bolsa dela, com o celular e a carteira com cartões bancários. A Polícia Civil investiga o caso como desaparecimento, mas também suspeita de um crime. Somente a hipótese de um sequestro está descartada, pois não houve pedido de resgate. Também não houve movimentação na conta da professora. Colegas, parentes e amigos oferecem recompensa de R$ 10 mil por informações, mas mistério permanece.