O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fez, nesta quinta-feira, o pregão eletrônico para escolher a empresa que fará a obra de duplicação de 2,5 km da BR-392, do trevo da Uglione ao acesso à Estância do Minuano, além da recuperação completa da rodovia, de Santa Maria até o trevo com a BR-290, em Caçapava do Sul, a construção de oito terceiras faixas de Santa Maria a São Sepé, a recuperação de parte da BR-290, a construção de trevos de Vila Nova do Sul e Santa Margarida do Sul e a manutenção de todos esses trechos por cinco anos.
A quantidade de serviços prevista na licitação é extensa. Porém, chama a atenção a diferença de valores pedidos pelas construtoras, na lista (abaixo) que foi repassada pela assessoria do Dnit. A Alka Brasil, de Luziânia (GO), cobrou o menor preço, de R$ 90 milhões, enquanto o preço mais alto foi da Queiroz Galvão (a mesma envolvida no caso Lava Jato), que pediu quatro vezes mais: R$ 360 milhões.
Agora, o Dnit analisará se a Alka preenche os requisitos para seguir na disputa. Depois, haverá prazo para recursos. Como ela e outras podem ser desclassificadas, ainda não está definido quem vencerá a licitação.
A previsão é que a duplicação da 392 comece este ano e tenha 18 meses de obras. Haverá ciclovia, calçadas, iluminação, mureta central e faixas de segurança nos 2,5 km. Como essa licitação é de um contrato de manutenção e melhorias, a previsão é que não sofra cortes de verbas. Porém, tudo dependerá do caixa da União.
Os valores pedidos pelas construtoras
Alka Brasil Indústria Comércio Importação e Exportação: R$ 90 milhões
Ebrax Engenharia e Construção do Brasil LTDA: R$ 110 milhões
LCM Construção e Comércio SA: R$ 122,85 milhões
Conpasul Construção e Serviços LTDA: R$ 123,1 milhões
Iccila Indústria, Comércio e Construções Ibage LTDA: R$ 140 milhões
MAC Engenharia LTDA: R$ 154 milhões
Trier Engenharia LTDA: R$ 300 milhões
Construtora Queiroz Galvão SA: R$ 360 milhões