O início da construção dos pilares que irão sustentar a nova ponte que liga a região sul do Estado à Capital marcam a paisagem do Guaíba. O consórcio responsável pela obra, formado pelas empresas Queiroz Galvão e EGT Engenharia, trabalha na colocação de estacas - duas dentro da água e uma na beira da orla - e na concretagem e preparação da base do primeiro bloco.
Distante um quilômetro da estrutura mais antiga, a futura ponte deverá estar concluída até setembro de 2017. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), até o momento, o cronograma da obra está sendo seguido à risca.
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Orçada em R$ 649,62 milhões e prometida há mais de quatro anos pela presidente Dilma Rousseff, a nova estrutura não vai contar com vão móvel. Com 40 metros, terá cerca de três vezes a altura da atual, que tem 12 metros de altura livre (distância entre o nível d'água e a parte inferior do vão móvel). Quando içada, a estrutura chega ao máximo de 35 metros.
Ao longo da construção da futura ponte está previsto o reassentamento de 998 famílias e mais 33 pontos de comércio e instituições, que estão no traçado da obra ou em área de preservação ambiental. As unidades habitacionais serão construídas por meio do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.
Intenção é contar com ações conciliatórias
Atualmente, o Dnit está desenvolvendo o projeto da infraestrutura - esgotamento sanitário, arruamento e calçamento - das áreas onde serão construídas as moradias. A expectativa do órgão é que as primeiras famílias sejam realocadas para as novas moradias entre o final deste ano e o início de 2016.
Outra situação que pode causar atraso envolve desapropriações. Nesse caso, os proprietários serão indenizados pelo governo federal. Os imóveis estão sendo identificados e avaliados para futuras medidas. A ideia é realizar ações conciliatórias de desapropriações na Justiça Federal, nos mesmos moldes do realizado com os moradores próximos à BR-448. Até lá, o consórcio responsável pela construção seguirá trabalhando dentro da água, sem comprometimento ao cronograma da obra.
Mais alta e mais larga
Orçada em R$ 649,62 milhões e prometida há mais de quatro anos pela presidente Dilma Rousseff, a nova estrutura não vai contar com vão móvel. Como é cerca de três vezes mais alta que a estrutura atual, as embarcações poderão passar sob a ponte sem a necessidade de interromper o trânsito. Atualmente, o içamento ocorre, quando necessário, em horários pré-definidos.
Ponte atual
Extensão: 2,8 quilômetros, incluindo alças de acesso (1,3 quilômetro sobre a água)
Fluxo de veículos: 48 mil/dia
Altura máxima: 35 metros (no vão móvel)
Pistas: duas
Inauguração: dezembro de 1958
Ponte nova
Extensão: 7,3 quilômetros, incluindo acessos e elevadas (2,9 quilômetros sobre a água)
Fluxo de veículos: 50 mil/dia
Altura máxima: 40 metros (não tem vão móvel)
Pistas: três
Inauguração: prevista para setembro de 2017